Revista Quatro Rodas - Grandes Brasileiros
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LeoO.!
fastback
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Revista Quatro Rodas - Grandes Brasileiros
Devido à enxurrada de carros brazucas invadindo nosso querido SLRR, resolvi fazer uma brincadeirinha envolvendo uma das mais conhecidas revistas do ramo e alguns desses mods, mesmo porque ela me serviu como base para um pequeno projeto. ^^
Então vamos lá!
Agosto 2004
Dodge D 100
"A picape da Chrysler tinha motor de sobra, sua maior qualidade e também seu grande inimigo."
Por Sérgio Berezovsky / fotos: Fastback
Entre os carros nacionais produzidos em série, encontram-se algumas figurinhas difíceis. Uma delas é a picape Dodge D 100, fabricada pela Chrysler do Brasil. Nem tanto pelo fato de terem sido produzidas apenas 2160 unidades, ao longo de seis anos. Mas também devido à sua principal qualidade, razão de sua maldição e glória: o bom desempenho.
O paradoxo não é difícil de ser explicado. O soberano motor de 198 cavalos, o mesmo que equipava o Dodge Dart, lançado no mesmo ano de 1969, fazia da D 100 a mais potente das picapes nacionais. Até aí, palmas para ela. O problema é que a combinação da agilidade do motor com a lenta e desmultiplicada direção, somada à minimalista suspensão (com eixo rígido e feixe de molas, tanto na dianteira como na traseira), resultava naquilo que costuma ser o terror das seguradoras: um veículo rápido mas não proporcionalmente seguro.
É fácil constatar essas características numa simples volta no quarteirão. O grande volante até que é leve, mas sua comunicação com as rodas tem a mesma rapidez das ligações telefônicas interurbanas do início do século passado. Nas manobras são voltas e mais voltas, de batente a batente. Esse trabalho braçal produz um diâmetro de giro de dimensões globais. E a suspensão proporciona o conforto de uma diligência em fuga num filme de faroeste.
Assim como os outros carros da família Chrysler (Dart e Charger), a picape sofreu diretamente os efeitos da crise do petróleo. Em tempos de barris de petróleo cotados a peso de ouro, a sede do V8, que em média rondava os 2,5 km/l, perdia de golada para os frugais quatro cilindros 2.5 e 2.3 das concorrentes C-10 (Chevrolet) e F-100 (Ford), emprestados dos Opala e Maverick, respectivamente. Tampouco havia um diesel para a picape da Chrysler. Enfim, um bebedor inveterado, aquele V8. Mas que motor...
Vamos esquecer por um momento que os freios são a tambor nas quatro rodas e atender ao convite do disposto 318, com 5,2 litros. É só acelerar para entender por que ele foi tão bem-sucedido na carreira. A mesma base do 318 chegou a equipar os utilitários esportivos Cherokee 5.2 e as picapes Dakota. "Ele é o equivalente aos 302 da Ford e aos 350 da Chevrolet, em termos de longevidade, confiabilidade e rendimento", afirma Fabio Pagotto, vice-presidente do Chrysler Clube do Brasil.
O câmbio, de três marchas na coluna de direção, tem engates curtos e secos, o que potencializa a rapidez nas arrancadas. Mas o que mais ajuda nessa hora é a relação mais curta das duas primeiras marchas e do diferencial, quando comparadas às do Dart. Isso faz todo sentido num veículo destinado ao transporte de carga e equipado com rodas de aro 16, contra as de aro 14 do carro.
Na hora de parar, rufam os tambores. Um pouco de suspense e alguns metros a mais que o esperado. E estamos falando dos apenas 1700 quilos do carro só com o motorista. Imagine com mais uns 700 quilos de carga. Viu como aconteciam os acidentes?
O proprietário da picape 1970 modelo standard, Fabio Steinbruch, não faz segredo dessas características e me preveniu sobre elas logo na saída da garagem. Provavelmente por conhecer bem a "narcose" proporcionada pelo 318 ao motorista, com a solidária letargia dos sistemas de freio e direção do utilitário.
As D 100 eram oferecidas em duas versões: standard e luxo. A versão mais cara tinha como diferenciais pára-choques e calotas cromados e friso lateral. Internamente, mudava o revestimento dos bancos e o volante, que era o mesmo do Dart. Na picape mais simples, a direção era a mesma dos caminhões D 400.
Outra circunstância que ajudou no desaparecimento das picapes Dodge foi o fato de bom número delas ter sido destinado às frotas públicas e, posteriormente, sucateada. A propensão à corrosão também ajudou no sumiço delas.
Fonte: http://quatrorodas.abril.com.br/classicos/brasileiros/conteudo_139909.shtml#galeria
Então vamos lá!
Agosto 2004
Dodge D 100
"A picape da Chrysler tinha motor de sobra, sua maior qualidade e também seu grande inimigo."
Por Sérgio Berezovsky / fotos: Fastback
Entre os carros nacionais produzidos em série, encontram-se algumas figurinhas difíceis. Uma delas é a picape Dodge D 100, fabricada pela Chrysler do Brasil. Nem tanto pelo fato de terem sido produzidas apenas 2160 unidades, ao longo de seis anos. Mas também devido à sua principal qualidade, razão de sua maldição e glória: o bom desempenho.
O paradoxo não é difícil de ser explicado. O soberano motor de 198 cavalos, o mesmo que equipava o Dodge Dart, lançado no mesmo ano de 1969, fazia da D 100 a mais potente das picapes nacionais. Até aí, palmas para ela. O problema é que a combinação da agilidade do motor com a lenta e desmultiplicada direção, somada à minimalista suspensão (com eixo rígido e feixe de molas, tanto na dianteira como na traseira), resultava naquilo que costuma ser o terror das seguradoras: um veículo rápido mas não proporcionalmente seguro.
É fácil constatar essas características numa simples volta no quarteirão. O grande volante até que é leve, mas sua comunicação com as rodas tem a mesma rapidez das ligações telefônicas interurbanas do início do século passado. Nas manobras são voltas e mais voltas, de batente a batente. Esse trabalho braçal produz um diâmetro de giro de dimensões globais. E a suspensão proporciona o conforto de uma diligência em fuga num filme de faroeste.
Assim como os outros carros da família Chrysler (Dart e Charger), a picape sofreu diretamente os efeitos da crise do petróleo. Em tempos de barris de petróleo cotados a peso de ouro, a sede do V8, que em média rondava os 2,5 km/l, perdia de golada para os frugais quatro cilindros 2.5 e 2.3 das concorrentes C-10 (Chevrolet) e F-100 (Ford), emprestados dos Opala e Maverick, respectivamente. Tampouco havia um diesel para a picape da Chrysler. Enfim, um bebedor inveterado, aquele V8. Mas que motor...
Vamos esquecer por um momento que os freios são a tambor nas quatro rodas e atender ao convite do disposto 318, com 5,2 litros. É só acelerar para entender por que ele foi tão bem-sucedido na carreira. A mesma base do 318 chegou a equipar os utilitários esportivos Cherokee 5.2 e as picapes Dakota. "Ele é o equivalente aos 302 da Ford e aos 350 da Chevrolet, em termos de longevidade, confiabilidade e rendimento", afirma Fabio Pagotto, vice-presidente do Chrysler Clube do Brasil.
O câmbio, de três marchas na coluna de direção, tem engates curtos e secos, o que potencializa a rapidez nas arrancadas. Mas o que mais ajuda nessa hora é a relação mais curta das duas primeiras marchas e do diferencial, quando comparadas às do Dart. Isso faz todo sentido num veículo destinado ao transporte de carga e equipado com rodas de aro 16, contra as de aro 14 do carro.
Na hora de parar, rufam os tambores. Um pouco de suspense e alguns metros a mais que o esperado. E estamos falando dos apenas 1700 quilos do carro só com o motorista. Imagine com mais uns 700 quilos de carga. Viu como aconteciam os acidentes?
O proprietário da picape 1970 modelo standard, Fabio Steinbruch, não faz segredo dessas características e me preveniu sobre elas logo na saída da garagem. Provavelmente por conhecer bem a "narcose" proporcionada pelo 318 ao motorista, com a solidária letargia dos sistemas de freio e direção do utilitário.
As D 100 eram oferecidas em duas versões: standard e luxo. A versão mais cara tinha como diferenciais pára-choques e calotas cromados e friso lateral. Internamente, mudava o revestimento dos bancos e o volante, que era o mesmo do Dart. Na picape mais simples, a direção era a mesma dos caminhões D 400.
Outra circunstância que ajudou no desaparecimento das picapes Dodge foi o fato de bom número delas ter sido destinado às frotas públicas e, posteriormente, sucateada. A propensão à corrosão também ajudou no sumiço delas.
Fonte: http://quatrorodas.abril.com.br/classicos/brasileiros/conteudo_139909.shtml#galeria
fastback- Valo's 24h Scientist & DMC Specialist
- Mensagens : 1671
Data de inscrição : 20/03/2010
Idade : 38
Localização : Cuiaba
Re: Revista Quatro Rodas - Grandes Brasileiros
eu tinha feito um topico meio que parecido , ia até fazer materias que os membros colocavam pics de carros la e tal , mas não foi pra frente devido a pessima qualidade das screens de la :S
Re: Revista Quatro Rodas - Grandes Brasileiros
eu tenho em algum lugar essa edição
Lucas Neves- Moderador Tolerância Zero
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Idade : 33
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Re: Revista Quatro Rodas - Grandes Brasileiros
Texto impecável, fotos ídem... Fastback! Só esqueceu do Radiador da moça!
diegorborges- Prefeito de Valo City
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Data de inscrição : 04/09/2009
Idade : 41
Localização : São Paulo - SP
Re: Revista Quatro Rodas - Grandes Brasileiros
nb kk ] kkkkkkk
RICARDO_LUCAS- Duhen 1.5
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Data de inscrição : 12/02/2012
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